skip to Main Content

Salvador, cidade que fala – Cidade-sujeito: fala e fura, repetições e restos

Liliane Sales
Wilker França

Seria possível pensar uma cidade-sujeito passível de interpretação? Se, em “Proposição de 9 de outubro de 1967 sobre o psicanalista da Escola”, Lacan (2003) concebe a Escola como um sujeito do qual se espera um trabalho – atravessada por um furo e sustentada por uma lógica não totalizante –, poderíamos perguntar: o que faria de uma cidade algo mais do que território ou gestão? Que tipo de laço, de atravessamento ou de desejo poderia fazer da cidade um sujeito capaz de responder, não como uma unidade fechada, mas como algo que se sustenta de uma divisão e se abre ao real? Não se trataria de pensar a cidade como uma estrutura pronta, mas como aquilo que se constitui a partir de seus furos, de seus sintomas e da posição que os sujeitos aí tomam.

Back To Top